Poema XLVIII
morrem na praça os passos
quebra-se o silêncio no chão por pressa
não há quem meça como cá chegamos…
caricias dos pé no interior dos sapatos é meramente dor…
não amo a poesia (essa que ondula como navios do cais)
mas a livre cativa da alma onde morais…
há uma febril constatação, a poesia não morre nos dedos
mas no ventre de quem a come…
há quem me meça e avalie
há que me contabilize,
há até quem me conte as letras gastas
há quem me acuse de desperdício…
mas quem é o homem que se poupa
na execução da sua amaldiçoada arte?
Alberto Cuddel
13/06/2019
Amaldiçoada arte… assim o dizem e pensam muitos as de nossas lideranças governamentais… como já o fizeram outras tantas no passado… por que a arte assusta tanto?
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A arte é a liberdade de pensamento, isso assusta.
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