Odorífico perfume…
nasce-te no peito o êxtase das minhas mãos
no semblante o perfume de rosas
nesse aninhar de onde te sorvo o odor
vivo como ondas e passos soltos
cânticos soltos na língua, mingua do tempo
orgasmos mar em terra santa, pecados gemidos…
morrem-me os leitos vazios na saudade
e todas as candeias que se apagam na espera
as tulipas… choram fechadas, e o cálice?
o cálice em pranto clama pelo soro da vida…
odorífico perfume o nosso, impregnado na alma e no beijo
a sim seja o amor… o querer e o desejo…
gemido nos lábios escorrente… odorífica saudade nos espera…
que nos nasçam as rosas no peito… e a verdade nos dedos…
António Alberto Teixeira de Sousa
27/11/2023
In: Poemas de nada que se perdem na calçada
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