Na saudade do tempo que tenho, há apenas o tempo que espero…
Na solidão que nos damos, silêncio
Apenas duas respirações cortadas por um beijo
Suave, quente, que te nasce na nuca
Um morder de lábios, aprisionando o desejo…
Esse sonho de ontem que amanhã espero…
As horas também são feitas de saudade
Mas na verdade, em pranto espero
Que amor não são palavras, mas gestos
Que fazer amor são cadilhos pequenos
E sexo, nada mais é que confirmar no corpo
A exultação maior da dádiva e orgasmo
Da união que gravamos na alma!…
Penetro-te profundamente a alma
Sem que me vejas,
Sem me encontres nos versos,
Consumação do desejo…
Nos espaços vazios dos versos e dedos…
Entre sonhos e desejos, entre silêncios e beijos…
Que se toquem os nossos olhares
Que te adentrem no teu corpo
Sem licença, sem contemplações
Todas as palavras, todo o tesão…
Provoco-te, deliciosamente
Provocação de me provocares…
Fiel ao desejo oculto no querer…
Não vejo, vendo o movimento
Das palavras que crescem em ti…
E espero… que os corpos se unam…
Nesse fulgor que a paixão imprime
Não importa o lugar, a hora
Apenas nós… apenas tu, apenas eu…
E este querer que nos condena…
Tiago Paixão
18:05 28/05/2021
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