O (ser) Ferroviário.

Reflexão porque eles também pensam e sentem…

O (ser) Ferroviário.

Antes de qualquer outra consideração ser ferroviário é diferente de trabalhar na ferrovia. Ser ferroviário é em si mesmo um acto de amor no sofrimento.

Seja na área de circulação, manutenção ou sinalização, ser ferroviário é aceitar a responsabilidade de ter nas mãos a vida de centenas de pessoas, é saber abdicar com um sorriso nos lábios, de parte da sua vida familiar, abdicar dos almoços com amigos, dos jogos de fim-de-semana, dos natais em família, dos feriados, dos passeios de domingo. É abdicar do acompanhamento do crescimento dos filhos, passar semanas longe de casa, em despedidas intermináveis, na incerteza do regresso, é trabalhar em horários incertos, sem grandes planos para depois de amanhã.

Ser ferroviário é saber dar o melhor de si, mesmo quando a vida nos decepciona, mesmo no sofrimento da perda, no calor dos dias, de uma noite mal dormida, de um dia sem descanso, é saber estar presente pelo dever, por saber que outros de si dependem. É saber ser criticado, mal-amado pela sociedade, quando em situação de conflito, por acidente, incêndio ou delito, o comboio não anda, não chega, não inicia… é ser olhado de lado por ser empregado do “estado”, com todas as regras e deveres do privado, é ser enxovalhado por fazer greve, pedindo condições de trabalho, e um pouco mais de ordenado, mesmo que a família não tenha aguentado esta vida, e ele: sozinho, deprimido, triste e cansado, continue sorrindo, trabalhando, e os outros reclamando…

Ser ferroviário é encontrar nos colegas a família, encontrar no trabalho uma outra vida, carregando nas mãos a vida de tantos, que desconhecem quem os suporta…
Mais que um trabalho, um emprego ou profissão, ser ferroviária é um acto de amor, de paixão!

(Alberto Cuddel)
António Alberto Sousa

Reflexão porque eles também pensam e sentem…

Bem mais que apenas corpo…

Não sou hipócrita, nunca o fui, tão pouco me incomoda a exposição exacerbada dos corpos femininos, existe uma beleza natural nesses corpos, todos eles desenhados por Deus nos múltiplos conceitos de beleza e formas, é muito agradável ao olhar ver, apreciar devidamente, quando quem olha tem a cultura e formação do intelecto bem resolvida e desenvolvida, notem que a maioria dos “olheiros” são meros animais esfomeados por mais uma cópula… Devemos exultar essa liberdade de exposição, mas devo também realçar que a mulher é bem mais que um corpo, deve passar bem mais que um mero desejo animalesco de posse corporal. Na liberdade que assiste a todos, não é a mera exposição da beleza da sua forma que a dignifica como ser humano, a mulher ou o homem, além da beleza e do desejo que provoca deve acima de tudo saber ser.
Claro que gosto de ver, de apreciar um belo corpo, um belo rosto, um belo busto, mas gosto de perceber se existe algo por detrás do olhar, se existe uma alma, um caracter vincado, algo palpável e não apenas a futilidade consumista e egoísta do “Sou boa, Todos me seguem”…
Não tenho pudor em comentar, deixar um like, em exultar ou condenar, muitos me condenam e fazem juízo de valor, afinal: “olha tão fiel, e anda a deixar likes e corações nas fotos das gajas quase despidas e oferecidas”. Pois bem, julgai sim, os que silenciosamente se movimentam nas sombras, não a mim.

Por favor não entendam esta crónica como uma critica gratuita, continuem a publicar as vossas fotos, que são uma enorme alegria para o olhar, mas dêem mais de vós, a vossa alma, o sentir, sejam profusas nas palavras, não busquem o reconhecimento pela aparência, mas pelo que realmente são.

Alberto Cuddel
11/05/2018
09:20

Versos

Versos

As palavras fogem-me
Adormecem e escondem-se
Poema que já mais será escrito
Pensado, sonhado, mas interdito,
Pornograficamente desejado,
Mas por outros desdenhado
Nada direi, escreverei ou pensarei,
Remeto-me ao silencioso movimento das marés,
Letra a letra grito, banhando os pés,
Purificação lunar, poeticamente desenhada,
Por uma carcaça podre
de um corpo que definha
sob o peso dos versos
que um dia sonhou,
jamais te escreveria
como paixão
pois não amo
apenas respiro
bebo no mar
poesia!

Alberto Cuddel

“Lembranças de nós mesmos”

Reflexão, porque os homens também pensam!

“Lembranças de nós mesmos”

Nenhum homem se lembra do dia do seu nascimento, da primeira palavra, do primeiro passo, das primeiras letras, da primeira vez que escreveu o seu nome… Poucos são os homens que se lembram do primeiro amor, o primeiro beijo, do primeiro filme, da primeira saída com amigos… Mas e as coisas importantes da vida? Quantos se lembram?
Quantos se lembram da primeira vez que viram a mulher amada, da primeira carta, do primeiro beijo, do primeiro sim? Quantos se lembram do dia em que decidiram fazer o pedido, do dia em que compraram o anel de noivado, do dia em que comunicaram o noivado à família? Do dia do casamento, do dia em que conceberam o primeiro filho? Quantos se lembram da primeira vez que fizeram amor? Do dia e hora exto? Quantos se apercebem que existiu um dia em que a sua vida duplicou, que o tempo que antes é exactamente igual ao tempo que passou depois? Quantos se lembram de olhar para o lado e ter o privilégio de poder dizer: “Obrigado por continuares a meu lado desde essa primeira vez!”. Quantos tem o privilégio de acordar de manhã ao lado da pessoa que escolheram para que o acompanhasse na vida? Quantos perdem a memória em discussões mesquinhas sobre insignificâncias esquecendo tudo o que viveram e todas as decisões que tomaram? Às vezes custa-me ser tão repetitivo, mas é tão fácil ser feliz mesmo com todas as diferenças que nos separam, serão sempre menores que todos os gestos que nos unem!
Lembrem-se de vós mesmos…

Ps. Não confundi amor sei que não é hoje…

20/02/2017
A. Alberto Sousa

Reflexão: porque os homens também pensam!

Reflexão: porque os homens também pensam!

Decisão, ser feliz!

Um dia acordamos de manhã firmes e convictos, a partir de hoje quero ser feliz. E felizes e convictos da nossa decisão levantámo-nos cheios de ânimo…

Mas o que é que nos faz realmente felizes? Será que podemos ser felizes por nós próprios? Sem que esse estado de alma e espírito dependa de outros? Sim, nada poderá abalar a nossa decisão de ser feliz, ser feliz depende de nós, de quanto nos empenhamos na felicidade de todos quantos nos rodeiam.

Difícil é passar da fase do “estar” para o “ser”, ser feliz implica acima de tudo decisão permanente de fazer os outros felizes, pois é no dar que se recebe, e custa tão pouco a mudança. São pequenos gestos no nosso dia-a-dia, uma frase, um olhar, um telefonema, uma flor, uma oração, um silêncio numa discussão, um beijo, um abraço, uma oração, o falar dom Deus, um desejo…

Mas muitos dirão: mas como posso ser feliz se estou desempregado, como posso ser feliz se estou cheio de contas para pagar, como posso ser feliz se não tenho o que comer, como posso ser feliz se não sou amado como desejo, se dou mais do que recebo?

Se realmente querem ser felizes podem, temos sempre algo a dar, algo que pode fazer alguém feliz, e fazer alguém feliz é um caminho para nós mesmos. Pode não ter que comer, mas pode dar uma palavra amiga, pode não ter emprego, mas pode ajudar uma pessoa idosa, pode não ter como pagar as contas, mas pode salvar uma criança… pode pensar que não é amado, mas tem amigos, pode entregar-se a alguém que pensa que não o ama, mas apenas não o sabe demonstrar. E um dia quando menos esperamos esses pequenos gestos, que tornaram a vida de outro mais feliz nos são devolvidos…

Decidam fazer alguém feliz e a felicidade vos será devolvida!

Alberto Cuddel

Reflexão: porque os homens também pensam!

Reflexão: porque os homens também pensam!

Li ontem numa navegação desinteressada numa qualquer rede social o seguinte:
“Você sabia?
Abraçar as pessoas que amamos é extremamente efetivo a curar doenças como solidão, depressão e ansiedade- e ainda ajuda a melhorar a memória.”

Fonte: Universidade de Viena

Para variar esta singela verdade deixou-me a pensar, quantas vezes nos seres pensantes do sexo masculino, queríamos demonstrar afeto e não sabemos como. Mas temos culpa disso? Não, mas também sim… Não, porque muitas das nossas dificuldades de expressão emotiva nos foram bloqueadas na infância e na juventude, coisas como: Um homem não chora, um Homem não corre atrás das mulheres, um homem tem que ser duro, etc…. tudo isso nos vai tronando mais rudes, mais práticos. Mas o também sim, quando em adultos tomamos a consciência de que a afetividade nos faz falta, continuamos a oculta-la, a guarda-la no nosso intimo, com medo que nos ambientes socias nos conectem com “Ele amoleceu” para não divulgar coisas piores.
Mas será essa a realidade que imaginamos nos outros? Em nós? A verdade é que todos nós homens choramos, mesmo os que dizem que não, que sentimos necessidade de ser abraçados e de abraçar, de ser acarinhados, estimulados a demonstrar esse carinho. Quantas vezes deixamos de abraçar, de beijar, de tocar no cabelo de quem amamos, de dar as mãos, por não sabermos se seria o momento correto, ou se alguém estaria a ver, ou porque pura e simplesmente isso não é “de Homem”?
Acredito que muitos de nos queremos mudar, mas continuamos a ter vergonha inclusive de pedir ajuda a quem temos ao nosso lado… e acreditem, vocês serão os maiores beneficiários…
Demonstrem o que sentem, não guardem apenas para “aquele momento”, mas abracem, beijem, peguem na mão, acariciem, olhem nos olhos, demonstrem o quento amam e desejam ser amados! E já agora chorem… faz bem aos olhos!

Um abraço,

Alberto Cuddel

 

Reflexão, porque os homens também pensam!

Reflexão, porque os homens também pensam!

Apercebo-me de uma discussão sobre as contratações do Benfica, gladiando-se numa fulgurosa troca de argumentos, dois adeptos de futebol discutem sobre quem foi ou não melhor negocio, caricato da situação: um é adepto do Sporting outro do FC Porto. 
Toda esta situação deixou-me pensativo, uma discussão de tudo sobre nada, pois a única conclusão possível é que as contratações deviam ter sido erradas para beneficiar os seus clubes. 
Pensamento leva a pensamento, e as ideias voam criando asas, dou por mim a pensar nas discussões com a minha esposa, discussões de “nada sobre tudo”. Os motivos, a origem das mesmas, dos ciclos, os porquês, as formas… Depois da nossa última discussão, em que finalmente caminhando em direções opostas nos encontramos. Decidimos colocar definitivamente um ponto final nos ciclos de zangas e discussões, sentamo-nos frente a frente para no dialogo reunir de pontos de convergência e encontrar as origens e as razões das mesmas… 
“O porquê?” Por incrível que nos ou vos possa parecer, o porque é demasiadamente simples de encontrar. É amigos a origem está no facto de eu ser homem, e ela ser mulher. Complicado? Descomplicando, foi essa a forma usada por nós, para encontrar a fonte:
Homem- necessidade do contacto físico para demonstração de sentimentos. 
Mulher- sem tanta necessidade do aspecto físico do contacto, sendo muito mais afetiva nas atitudes e nos gestos. Ou seja, o nosso problema? O costume, Sexo… 
Situação: homem, sexta-feira, todo dia imaginado a noite fantástica de paixão ardente que a noite lhe trará. Mulher, todo dia a pensar na roupa para lavar, na casa para limpar, no jantar, nos trabalhos de casa dos filhos, etc… e ele imaginando a forma de a….
Resultado? Frustração, uma palavra e está tudo estragado, “pois és sempre a mesma nunca te apetece…”, o problema é que as mulheres pensam que para nós (Homens não todos), sexo é sexo, quando para alguns é uma das poucas formas que conhecem de dizer Amo-te. 
Solução? 
Partilha de tarefas, dialogo, encontro, falar abertamente, retirar bloqueios e tabus, afinal estamos casados, porque não falar abertamente dos nossos desejos e vontades, criar condições para que a chama renasça, compromisso assumido pelos dois…
Ou seja, só pelo diálogo e pelos pontos de convergência das vontades individuais podemos encontrar o que nos realmente nos move e faz viver um pelo outro, e tudo porque a verdade é que nos ama-mos, então porque discutir? Sentem-se e dialoguem… Não há fórmula mágica e nem receita de bolo. O importante é a disposição em enfrentar o que precisa ser enfrentado para não deixar o tempo passar e a separação se apresentar como a única saída. Alguma coisa precisa ser feita e o casal precisa assumir com compromisso as mudanças de atitudes e hábitos. Aproveitem e sejam felizes!

Alberto Cuddel

Ps. Hoje é sexta-feira… que raiva… e não paro de pensar em ti…

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