Nunca me esperes… procura…

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Nunca me esperes… procura…

Nunca me esperes
Ama-me sem pressa
No momento certo
No desejo do momento
Sem programação…

Olha-me nos olhos
Beija-me
Pornograficamente
Que se entrelacem
As mãos
Os corpos sedentos
Quentes, despidos de tempo…

Passeia-me,
Massaja-me o ego
Faz-me, não te faças
Faz-me desejar-te
Querer-te em mim
Na tua entrega
Realiza-me…

Procura a minha pele
A vontade de entrega
Beija-me,
Ama-me na boca,
Ama-me no corpo
Nos seios hirtos
Que desejam o toque
A quentura dos lábios
Mapeia-me as formas
Procura-me,
Verticalmente
Horizontalmente
Ama-me, faz-me
Subir e descer
Entre em orbita
Entra em mim
Percorre-me a alma
Sincroniza-te
Um só gesto
Um só movimento
Quero-te junto
Únicos…
Uma gemido
Um abraço…
Um orgasmo…

Depois?
Depois ama-me outra vez…

Tiago Paixão
31/01/2018
21:10

 

Pensar-me-ás hoje?

Pensar-me-ás hoje?

Já me pensas-te hoje?
Nesse teu absorto tempo
Tens tempo para me pensar?

Não, não te peço para pensares em mim
Mas para me pensares em ti…
Ama-me, e nesse altruísta pensamento
Pensa-me em ti, não hoje, mas amanhã
Nesse tempo em que me sonhas…
Pensar-me-ás na tua vida?
Como parte e um todo
Em que o todo é a tua vida?
Nunca te pedi nada…
Mas hoje peço,
Pensa-me
Ama-me!

Alberto Cuddel
11/12/2017
03:40
#Solutampoetica

Poema do dia 31/01/2018

Poema do dia 31/01/2018

Nesta praia onde nos fundimos com os grãos de areia
Na percepção infinita da eternidade, permeável
Onde nos funde o amor em rochas frágeis e vida
Em suspiros longos ao luar das noites, secas…
Nesta praia onde existimos um no outro como únicos
Peixes na água deste leito macio que se anuncia…

Longe existem os dias e as horas cinzentas de Inverno
Saudades do tempo que abandonamos à sua sorte
Que me reste o debater aflito da ansiedade de ar
Na tua presença apenas respiro nos teus beijos
Neles morro e renasço, nas fantasias de ser apenas eu
Um sonho desejado e sonhado apenas a dois…

Alberto Cuddel
31/01/2018
17:50

Voo

Voo

Voam gaivotas enraivecidas
Na terra que as viu nascer
Tempestade anda mo mar
Nele não conseguem voar!

Gaivotas por terra, pombas arrastam-se pela cidade
Que em bom abono da verdade caminham na noite
Cobrando aqui e ali gemidos dos sonhos dos homens
Ai, gaivotas que voam baixinho, vendendo prazer e carinho…

Voam sem sonhos a cada dia
Tempestade e queda de vida
Não há prazer na ordinarice
De vender por aldrabice
Amor, querer ou paixão
Arte de fingir e ter tesão…

Voam gaivotas no ar pesado
E pombas se arrastando…

Alberto Cuddel
10/12/2017
04:52
#Solutampoetica

Abstinência

Abstinência

Que me importam as corvinas,
Os lúcios, as carpas, o sável…

Quero é carne, essa do mato
Ou da outra que voa
Quero é cheio, muita
Mesmo que outro sofra de fome
Que se lixem os dias, hoje não é sexta-feira…

Alberto Cuddel
13/03/2017

Reflexão, porque os homens também sentem!

Amor: Sentimento, decisão ou será acção?
(continuação?)

Caros amigos e amigas, na minha última publicação deixei uma ideia em aberto, muitos não me perceberam ou quiseram perceber: “Fácil é conquistar, difícil é manter. Amar é para aqueles que decidem, depois de um dia de trabalho, voltar para os mesmos braços”.

Nesta frase não quero dizer que é sofrível voltar aos mesmos braços, ou há mesma “Mulher” ou mesmo “Homem”, o que pretendia dizer é que é necessário Amar para conquistar a cada dia, ou por outras palavras é necessário conquistar a cada dia para continuar Amar.

Mais uma vez afirmo pleno da controversa afirmação, Amar é agir, dá trabalho… Mas acreditem vale a pena…

Exemplificando: quantos de nós homens não sonhamos em chegar a casa e ter a nossas “esposas”, “companheiras”, “namoradas” etc… todas perfumadas há nossa espera? Banho pronto, jantar na mesa, filhos caso existam fora de casa, na vizinha ou familiares? Que sonho? Que belo projecto de noite? Bom não era?

Mas a realidade não é essa pois não? E porquê?

Eu digo-vos, culpa vossa… única e exclusivamente vossa…

E não estejam já falando mal de mim… a culpa é vossa porque nunca agiram… quantas vezes prepararam um banho, um jantar, arrumaram a casa, esperaram vossas “esposas”, puseram os filhos em casa de amigos ou familiares? Quantas vezes partilham as tarefas domésticas? Quantas vezes ficam em casa ou preparam um programa para os dois esquecendo os amigos no café, pesca, futebol etc…? Quando foi a ultima vez que ela se sentiu escolhida? Especial? Única?

Quantos se lembram da última prenda que ofereceram? Das flores que estavam no ramo? Quantos perdem tempo as escolher as flores a colocar no ramo? Pelo significado pelo gosto pessoal da nossa cara-metade? Será que sabem as medidas da vossa companheira? Os gostos?

Mesmo assim ainda tem coragem de se sentirem frustrados pela as vossas companheiras não vos realizar um sonho, do qual elas nem sabiam? Querem ser amados? Querem loucas noites de paixão? Amem… Amar da trabalho… Amar são pequenos grandes gestos,  que fazem toda a diferença…

Amar é essencialmente acção, gestos, demonstração constante, não é apenas sentimento, é compromisso reciprocidade, nada descreve melhor o Amor conjugal que a Terceira Lei de Newton “ Toda Acção tem uma Reacção”, se quer ser amado(a), reaja… não fique apenas a lamentar até já nada restar!

Alberto Sousa

Rasguem-se

Rasguem-se

Rasguem-se nos cactos as vestes
Deambulando pelo deserto árido
Novas te cobriram, no sonho do oásis…

Rasguem-se as certezas e as crenças
Os deuses menores não desmentem
Confirmando o mal na voz dos homens…

Rasguem-se as vendas e as traves dos olhos
Olhai livremente a Oeste, dai advém o vento
Toda a desgraça que nos cobre o conhecimento!…

Rasguem-se os livros do desejo
As promessas de fidelidade e beijo
Leita-te comigo, em mim
Que se rasguem as noites…

Alberto Cuddel
09/12/2017
02:44
#Solutampoetica

Poema do dia 30/01/2018

Poema do dia 30/01/2018

“Vou beijar-te com força meu amor”
Vanessa Martin

“Vou beijar-te com força meu amor”
Antes que a noite se ilumine, na saudade
Onde os corpos quentes se separam
Para mais um dia sombrio afastados…
Neste amor convencido e de verdade!

Que nunca digas adeus à eternidade
Onde moram as lagrimas de despedida
Caminhemos juntos na cumplicidade
Nestas aguas turvas que são a nossa vida!

“Vou beijar-te com força meu amor”
Porque eternamente estaremos unidos
Entre um adormecer e a madrugada
Corpos de luz em união fundidos
Esperam-se na ansiedade de cada chegada

Que nunca sejamos perfeitos no querer
Entre as nuvens de cada tarde
Somos ondas de um mar a manter
Num amor quente em volúpia que arde!

“Vou beijar-te com força meu amor”
Antes que a noite se acabe
Porque nunca serei completo
Sem o sabor a que um beijo sabe…

Alberto Cuddel
30/01/2018
08:22

Serranias da vida

Serranias da vida

Nos altos e baixos que nos atrasam
Pairam nuvens baixas, amedrontam
As estepes daninhas outras arrasam
Fogo queimou as outras que contam

Por entre montes, vales, escarpas caídas
Erguem-se dormentes, almas cansadas
Os dias, as noites e outras assim saídas
Por caminhos, carreiros, vielas estradas

Planalto distante em palavras contidas
Digo e não faço, mas faço e não digo
A morte distante em vitórias sofridas

Águas que escorrem das pedras soltas
Correm ainda livres pela colina contigo
As armas depostas e os beijos que sepultas!

Alberto Cuddel
13/03/2017

Reflexão, porque os homens também sentem!

Amor: Sentimento ou decisão?

Será o Amor apenas um sentimento, ou o sentimento será apenas paixão?

Muitas vezes me dizem, gostava de sentir e viver um amor assim, tal qual o descrevo em muitos do meus poemas. Mas a verdade é que amor não é apenas sentir, se o Amor fosse apenas sentimento um bastaria para Amar. Amor é essencialmente decisão, há uma frase que muitas vezes digo e escrevo dedicada à minha esposa e que ilustra bem o que digo, “hoje voltava a escolher-te a ti”, ou seja decidimos a cada dia amarmo-nos mais que no anterior, o amor também é decidido. O amor como apenas sentimento é egoísta, sofredor, não é compreensivo, nem comprometido com a felicidade una dos dois.

Mas o Amor como decisão diária, conjunta e comprometida, esse sim dá origem à felicidade e ao gozo pleno de viver esse amor conjugal. E nunca basta apenas um amar, o Amor é um sentimento e uma decisão reciproca, para Amar necessitamos ser amados, ou apenas iremos sofrer a revolta da entrega cobrando reciprocidade ao nosso sentir.

Há uma frase que me acompanha, e que muitas vezes já a debati, seja com homens, mulheres, filósofos, psicólogos e terapeutas comportamentais: “Eu decidi Amar-te, eu escolho-te a cada dia outra e outra vez, nada me foi imposto, aceitamos caminhar lado a lado, pois por nós foi perante Deus escolhido!”.

Que sentido faz dizer o amor entre nós acabou? Talvez faça mais sentido dizer “o Amor entre nós alguma vez existiu?” Será que algum dia estivemos realmente comprometidos um com o outro? Alguma vez nos decidimos amar a cada dia, na compreensão, do dialogo, no acto de amar?

Seja no amor conjugal, filial, ou de pura amizade, a decisão de amar deve ser constante e comprometida!

Para quem decide amar, o amor é bússola. É ter com quem compartilhar momentos ou mesmo apoiarem-se mutuamente, pois se um cair o outro ajuda a levantar. É abandonar de vez a jornada solitária de conquistador e dedicar-se a planejar estratégias e decisões para fidelizar eternamente a pessoa amada (conquistá-la todos os dias).

Fácil é conquistar, difícil é manter. Amar é para aqueles que decidem, depois de um dia de trabalho, voltar para os mesmos braços e dormir em paz. Abrir mão de novos sorrisos e olhares e decidir sempre, retornar ao aconchego caloroso da outra metade da laranja. Amar é quando não dá mais para disfarçar, é não somente gritar aos quatro ventos que fará o outro feliz, mas dedicar parte do seu tempo para ouvir os anseios alheios e tudo fazer para os concretizar.

Decidir amar é esquecer de vez os velhos fantasmas dos antigos relacionamentos, entrar de cabeça nessa nova oportunidade da vida (onde a mesma nos permite escrever uma nova história quantas vezes for necessária), manter o foco e permitir-se ser e fazer alguém feliz.

Amar é decidir fazer alguém feliz, sem medo de sofrer. Pois até no sofrimento pessoal, podemos encontrar a felicidade do amor conjugal. Isso vale para a vida.

(continua)

Alberto Sousa

Sonho de ontem

Sonho de ontem

…acordei como quem sonha
Um sonho perdido no mundo
Frio, tristemente sozinho
Na almofada ao meu lado
Nada, perfeita, imaculada
Nem um cabelo…

Pergunto-me
Se alguma vez foste
Se és
O tudo, ou o sonho
Perfeito do nada!

Sírio de Andrade
08/05/2017
16:31

O meu tempo em ti

O meu tempo em ti

Ah se os teus dias fossem meus
Se o teu silêncio existisse nos meus lábios
Num princípio não sei de quê
Nunca sonhado nas noites!

Tudo me é solidão nas mãos
Sem que os meus olhos te reflictam
Sem que me veja no teu olhar
Todo eu gelo, longe do teu calor!

Insulto-me no sentir
Neste que me arde sem tempo
No pouco tempo em que te sonho
Em que o tempo se perde em ti!

Alberto Cuddel
07/12/2017
16:50
#Solutampoetica

Poema do dia 29/01/2018

Poema do dia 29/01/2018

Aqui estou versejando…

Um poeta é sempre uma versão de mim em ti
Um sonho de alma que fingi, representando-me
Deixando saudade por onde passa…

Do longe que escreve, ali ao lado arrumado
Prateleiras marítimas de um mar calmo
Barcos atracados no cais moribundos…

Houve um tempo em que olhei o céu
Em busca de anjos e balões
Quem sabe sonhos, nunca sonhados em nuvens cinzentas…

Não sei com quem vou,
Tão pouco se chegarei se quer a ir,
Sei que irei, mesmo que não gostem de mim…

Jamais ficarei aqui
Onde não sei quem sou
Onde nem os espelhos têm coragem de me reflectir…

Alberto Cuddel
29/01/2018
10:00

O Casario

O Casario

As paredes nuas que vislumbro
Sujas sem portas ou janelas
Casa forte onde habitaram sentimentos
Amor? Alegria? Saúde? Já nem memória existe,
Hoje apenas um corpo decrepito
Arrastado pela depressão dos dias
Que faz desse chão, poesia
Escrita e reescrita nas noites
Enclausurada nas paredes,
Reflectida nos vidros partidos
Suspensos por caixilhos de madeira,
Esperando decepar a cada desilusão
Mais pouco do meu ferido coração,
O carpinteiro dos dias partiu
O que consertava o corpo,
Que me aquecia a alma,
Uma desilusão mais, do tempo em que me iludia…

Nem os braços da árvore genealógica me confortam
Lá já não fazem ninhos os pássaros,
Tao pouco os seus ramos secos
Me aquecem na lareira dos tempos
  Podres, apenas podres…

O triste casarão onde nem as escadas
Que o trepam tem varão, arruína-se
Cai, nada já o sustem, nem a vida, nem o amor,
Ninguém trespassa as portas da alma
Armado de boa vontade,
Ferramentas que o ergam,
Que deixem penetrar o sol,
Pelas janelas dos escuros quartos por onde vagueiam
Ideias e pensares que não o deixam adormecer…

Apenas uma pequena arvore mesmo ali, – a entrada
Verde, viçosa, ainda sem florir, sem ter dado fruto
Nessa pequena árvore, deposita o casarão decrepito
Toda a esperança, toda a fé, toda a crença
Impedindo-mo de ruir…

Alberto Cuddel
11/03/2017

Reflexão: porque os homens também sentem…

 

A afectividade masculina ou a falta dela.

Li ontem numa navegação desinteressada numa qualquer rede social o seguinte:
Você sabia?

Abraçar as pessoas que amamos é extremamente
Afetivo para curar doenças como solidão,
Depressão e ansiedade- e ainda ajuda a melhorar a memória.
Fonte: Universidade de Viena

Para variar esta singela verdade deixou-me a pensar, quantas vezes nos seres pensantes do sexo masculino, queríamos demonstrar afeto e não sabemos como. Mas temos culpa disso? Não, mas também sim… Não, porque muitas das nossas dificuldades de expressão emotiva nos foram bloqueadas na infância e na juventude, coisas como: Um homem não chora, um Homem não corre atrás das mulheres, um homem tem que ser duro, etc…. tudo isso vai tornando-nos mais rudes, mais práticos. Mas o também sim, quando em adultos tomamos a consciência de que a afetividade nos faz falta, continuamos a oculta-la, a guarda-la no nosso intimo, com medo que nos ambientes sociais nos conectem com “Ele amoleceu” para não divulgar coisas piores.

Mas será essa a realidade que imaginamos nos outros? Em nós? A verdade é que todos nós homens choramos, mesmo os que dizem que não, que sentimos necessidade de ser abraçados e de abraçar, de ser acarinhados, estimulados a demonstrar esse carinho. Quantas vezes deixamos de abraçar, de beijar, de tocar no cabelo de quem amamos, de dar as mãos, por não sabermos se seria o momento correto, ou se alguém estaria a ver, ou porque pura e simplesmente isso não é “de Homem”?

Acredito que muitos de nos queremos mudar, mas continuamos a ter vergonha inclusive de pedir ajuda a quem temos ao nosso lado… e acreditem, vocês serão os maiores beneficiários…

Demonstrem o que sentem, não guardem apenas para “aquele momento”, mas abracem, beijem, peguem na mão, acariciem, olhem nos olhos, demonstrem o quanto amam e desejam ser amados! E já agora chorem… faz bem aos olhos!

Um abraço,

Alberto Sousa

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