Poema XIX
Às vezes, em sonhos distraídos,
Que me surgem das esquinas do pensamento
Na emoção, visiono amores.
Uma vez, encontrei-me desenrolado num enredo de uma
paixão
Das que me ardem no corpo, salivando a alma
Desilusão, ó arrefecimento do ser: – Menstruação…
Os amores, ai os amores
Desses, roubando flores devagarinho, flores em jardins
públicos
Enroladas em papel de alumínio, esquecido na porta do
cemitério
Um banho tomado à pressa, uma água de colónia barata,
Uma chegada, um jantar à luz das velas, por corte de luz
E no leito, insónias: – até amanhã, hoje, dói-me a cabeça…
Ainda assim, pinto de cor-de-rosa o amor
Talvez pelo sangue no olhar, de tantas horas sem dormir…
Na concomitância dos dias
Monotonia arrastada da vivência máscula
Sonho noites, loucas noites de pesadelo…
– Hoje, estou cansada… e eu passo a noite, sem dormir
nada…
Às vezes, em sonhos distraídos,
Que me surgem das esquinas do pensamento
Na emoção, visiono amores.
Mesmo que a realidade seja tão cinzenta
Os olhos inchados, dos poemas escritos
Permitem-me sonhar…
Mesmo que acorde deste pesadelo…
Para uma doce realidade…
Alberto Cuddel
In: Como Fazer Amor
Em breve o Lançamento em Portugal, em estudo a possibilidade de envio para todo mundo!
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