Para quê tanto pudor?
Existe um exacerbado pudor quando a temática é sexo, escrevo sexo e logo correm, “não é sexo poeta, é fazer amor”, desculpem? É que nem uma coisa nem outra é foder mesmo… É maravilhoso juntar o amor ao sexo, sem dúvida alguma, mas não confundamos as coisas, sexo é a forma mais intensa de dádiva e partilha, de entrega e de cumplicidade… Atenção que eu não falo do sexo egoísta em que um dos parceiros se “alivia em minutos ou segundos”. Mas de prazer físico intenso sem pudor, que dois parceiros partilham sejam qual for o sexo ou orientação de cada um. Se a essa intensidade física juntarmos a intensidade da alma, o amor, então sim tudo será pleno.
Mas para que tanto pudor? Será que alguém acha que os pais não foderam para eles nascer? Que a mãe não gemeu, que não chamou por Deus enquanto o pai lhe dava prazer? Amar e fazer sexo é algo natural, aliás sexo é mais natural que amar, ninguém entrega a vida por sexo, mas sim por amor, e isso é anti natural…
Escrevo poesia erótica, sim, não tenho pudor nisso, acho mais excitante a formação da imagem no cérebro e a capacidade de transmitir desejo e sensações, que qualquer “filme ou foto”, a poesia erótica é o preliminar da palavra, o anúncio do gesto e do prazer…
Deixem-se de pudores, e se não gostam, olha removam a amizade…
Partilho a foto sensual de um modelo masculino, como repúdio à exploração e degradação da exposição do corpo feminino como objeto sexual do machismo.
António Alberto Teixeira de Sousa
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