Esta dor de já não saber quem sou…
doí-me saber que amas, mas és doente…
doí-me saber que me queres, mas eu sou…
que me importa saber que me amas, se não me deixas viver
esse ciúme, esse medo inseguro de não me deixares voar…
eu tenho vontades e quereres, tenho personalidade
porque não posso ter amigas? diz-me, se a ti escolhi…
diz-me porque não posso ter conversas privadas?
porque me segues e controlas? diz-me qual é o teu medo?
que te troque? que não te ame? se tudo o que fazes me dói…
não, disse tantas vezes não…
e tu? achas que são as tuas tolas ameaças que me impedem de te trair?
o medo de que cumpras com o teu suicídio? o medo de que me deixes?
não, nada disso, apenas quero ser eu… apenas eu, a mulher por quem te apaixonaste…
esta dor de já não saber quem sou…
porquê… se os filhos são nossos, apenas doei o ventre…
mas tu és a mãe, porquê desta dor que me corrói a alma?
és doente… esse teu ciúme, mata-me aos poucos
eu quero ser mulher, livre na minha individualidade
se estou contigo, se estou contigo, é por amor
por livre vontade, não por medo ou controlo
não por chantagem doentia, não pelos filhos
mas por querer, por me amar em ti…
não me violes mais a individualidade
a privacidade… ou amando-me
abandonar-te-ei, para que te cures pela abstinência doentia
pela solidão que te irei impor…
ama-me livremente… e amar-te-ei eternamente…
poeticamortem
@Suicídio poético
10/01/2021
07:50
A violência não é apenas física, a dor não é apenas física, a violência não é apenas máscula, não é apenas hétero… a violência nasce dos distúrbios de personalidade, na insegurança do amor próprio, da falta de reconhecimento da liberdade do outro… saibamos a cada momento reconhecer, combater, denunciar e condenar todo o tipo de violência contra a pessoa humana!
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