Nesses beijos prometidos, que ficaram por dar…
(Ou a saudade do que poderia ter sido sem ser…)
e foram dois… um quase roubo cometido aos teus lábios…
o calor da tua face, as mãos tremulas do abraço
esse desejo dos corpos à média luz
com os olhos do mundo sob nós…
como te queria, como te quero…
ali…
mesmo ali onde os nossos corpos pela primeira vez se tocaram
em que a nossa pele tremeu com o odor dos nossos corpos
onde o nosso olhar tantas vezes fez amor
desejei-te, desejo-te…
quis abraçar-te eternamente e fugirmos dali…
naquele canto escuro onde bailaram todas as emoções
onde sonhamos fazer amor, bem ali, no sofá
que se lixasse o mundo e as gentes
queríamo-nos, queremo-nos…
hoje afastam-nos as doenças do mundo
e os olhares condenatórios dos homens…
mas amanhã, amanhã não…
Tiago Paixão
16:22 06/01/2021
a fúria da saudade

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