nascem-te versos desse útero fértil
por entre nuvens de algodão
em marés cristalinas de urze tenra
nesse lilás és… plenamente vida…
fazes-te fome no meu alimento
e sede no meu sangue
fazes-te palavra no meu silencio
e gemido contido no meu corpo…
és… a energia da minha alma
conheço-te no electrocardiograma do meu pulso
e tu? que tantas vezes eu…
graça plena da oração fervorosa
reflexão da minha existência
teus dedos minhas mãos
teus pés minha vontade de caminhar
teus lábios o meu beijo
teus seios a minha entrega…
nascem-te versos desse útero fértil
por entre nuvens de algodão
e eu existo… homem, poeta…
António Alberto Teixeira de Sousa
03/12/2023
In: Poemas de nada que se perdem na calçada
Boa noite, lindo demais! Útero materno, “terna vida”, Grande abraço.
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