Poema do dia 04/06/2018
Sinto tanto e com tal intensidade que às vezes adormece-me a alma,
Neste adormecimento pergunto-me se de facto vivi, ou estive anestesiado…
Confundem-me as relações humanas, as manobras silenciosas, por detrás de cortinas vermelhas, apregoam do alto do seu púlpito, moral e bons costumes, façam cumprir a lei… (balbuciam em público), na sombra procuram apenas satisfazer o seu infeccionado ego e prazer… sejamos honestos quem não tem pecaminosos desejos? Quem não peca em pensamento? Guardando-os para si, raramente os expõe…
Quem sou eu de diferente? Nada, ninguém apenas um entre gente que se esconde acoberto da noite…
Sinto-me, sentindo que não sou, sendo, ainda que fora tudo o que sonhei, não o vivi nesse adormecimento do sonho…
Voam livre as gaivotas em busca de alimento, rodopiam pelas lotas duram te o abastecimento, sem trabalho comem sobras, sem muitos gastos não precisam de obras…
Sinto tanto e com tal intensidade que às vezes adormece-me a alma,
E nesse lapso de tempo em que não vivi, observo e sinto, o que dizem de mim…
Alberto Cuddel
04/06/2018
17:30
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