Lendo-me…

Lendo-me…

Perco-me nas letras do vento bolinadas por um marinheiro
Nas loucas paixões sem ordem de um agente da lei
No pó erguido pelos versos desenhados no museu
Pela sensualidade da escrita, voz que sonha na radio
Pela literacia do amor nas palavras de quem ensina
No olhar poético do vale por quem o olha e canta
Pelas certezas incertas e solidão da dona de casa
Na arte escondida de quem pinta de pincel e lápis
Na volúpia despida de quem olha de dentro a natureza
Na certa e erudita poesia que quem usa o direito
Na que conta histórias de vida e fantasia
Na escrita em outras línguas e traduzida
Da verdadeira, da fantasia, da alma, ou fingida…
Na tua, também na tua, e na tua, e na dele, na dela…
Seja ela escrita, declamada ou apenas sonhada
Eu que me leio em cada poema teu…
Também eu sou a tua poesia…
Eu um mero leitor que nas letras se faz vivo…

Alberto Cuddel
27/02/2018
17:04

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