Sempre ou nunca

Sempre ou nunca

as noites morrem todos os dias
os dias nascem de todas as noites…
(…)
inevitavelmente persigo o tempo
todo aquele que perco
no qual me encontro nos teus lábios
nos sonhos recompenso-me
notícias que me nascem na consciência
alma voa pela letra da melodia
pisando flores, perfumando
a dura e bela essência da vida!
(…)
combates com obuses cor-de-rosa
que se calam ao poder económico
manténs o eu inviolável, e o nós?
caem crianças à morte sem vida
sob o peso do meu egoísmo
movimentam-se orações audíveis
braços elevados aos céus, à vista
mas cruza-os na solidão do mundo!
(…)
– talvez o amor te salve!
salvífica virtude, essa a de amar
sem homem, sem mulher, apenas amor
humanidade que te procura,
benevolência que te encontra,
(quanto nos vale o eu, o ter?)
quanto nos vale um sorriso?
os sorrisos acabam com as guerras!
(…)
sempre esqueceste o amor, o sentir
o decidir e perdoar, o buscar perdão!
nunca te importaste com o mundo?
tu bastas-te a ti próprio?
a felicidade reside em ti?
ou no mundo que te abraça?

Alberto Cuddel
18/05/2020
0:20
In: Nova poesia de um poeta velho

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