Não é receio, mas saudade…
fossem as palavras vitórias de Deus
fossem as palavras gestos livres de pudor
em gritos longos de paixão sem julgamento
voem livres as rimas e no chão as vestes
que a loucura faça sonhar os poetas…
não. não é medo ou receio da loucura dos orgasmos
mas há quantos dias não me fodes a alma
há quantos dias não me incendeias o espirito com tesão
com essa vontade férrea de te amarrar e de te possuir as ideias?
de te foder loucamente a vontade de conversarmos toda a noite?
quantos orgasmos ritmados perdemos sem olhar as estrelas?
quero-te, desejo-te…
vestida de mim e despida de preconceitos
quero-te de língua afiada, sem medos
sem receios, na pronuncia de tudo, dos pequenos nadas…
deixa que te falem as mãos e o corpo
que te incendeie o espírito na loucura do saber…
ama-me, penetra-me com as tuas certezas
fode-me a alma, depois, talvez depois
façamos amor, ou quem sabe
possamos foder até à loucura de nos doerem os corpos…
não é receio, mas saudade…
desses loucos preliminares inventados por Deus
a que chamam palavra, som, ritmo, gemido, poema…
Tiago Paixão
02:35 02/09/2021
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