Delineemos as nuvens, na procura do arco-íris…

Porque os tabus devem ser quebrados e revelados os poemas na forma como foram escritos… Para quem acha que só se escreve por… Aqui fica.

Delineemos as nuvens, na procura do arco-íris…

Beija-me, assim
Devagar, devagarinho
Como se aprisionasses as nuvens no céu da boca…
Há em mim um floco de neve,
Uma gota de orvalho que escorre…

Beija-me, assim
Devagar, devagarinho
Fundamo-nos no abraço
Despojados das vestes que nos oprimem
Que o desejo nos seja, nos faça
Apartamos de nós o cansaço
Que o querer no condene
Cubramo-nos de arco-íris
Prova-me longamente o corpo…

Beija-me, assim
Devagar, devagarinho
Nos movimentos amplos em que tacteamos o relevo dos corpos
Procuremo-nos no prazer do sussurro, encontremos gemidos, gritos
Amarremo-nos à volúpia do querer ali, aqui, agora…
Possuo-te, possuis-me, nos lábios, na boca,
Devagar, devagarinho
Todo, todo…

Beija-me, assim
Devagar, devagarinho
Que chova, que se misturem os fluidos e beijos
Que sejam desejos, gemidos, gritos
Unhas cravadas e orgasmos
Que seja prazer, que seja de novo
Que seja querer, ficar e fazer
Que seja paixão, que seja tesão
Que seja apenas amor,
Que que seja, agora e depois
Quem sabe para sempre…

Tiago Paixão
06/04/2019

4 thoughts on “Delineemos as nuvens, na procura do arco-íris…

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