Fantasmas!

Fantasmas!

Reescrevo sem longas considerações,
Angústias veladas, perdidas no tempo,
Aninhado em mim, querendo partir,
Escuros lugares de onde quero fugir!

Há trevas que me envolvem, fantasmas,
Desoladores pensamentos, pesadelos,
Triste passado, sempre e sempre recordado,
Na fuga quero, sair de mim e esquecê-los!

Há vontade de mim que me consome,
Recolhe em mim no interior o sofrimento,
Que a ti nada te turbe, neste feliz momento!

Quero dar, sem sair, extrair o negro ser,
Triste e enfadonho, frio e calculista,
Que a capa exterior recolhe cá dentro!

Sou, sem ser, o que vês e não crês!

Sírio Andrade
26/01/2015

E depois as noites, e os dias, e morte entre eles…

E depois as noites, e os dias, e morte entre eles…

Quantas vezes são as noites o princípio de tudo,  
 – Ou um mero fim do nada que começou?
Nessa edificação do pensamento humano, na luta vã
Quiçá inglória entre a emoção e a razão tolhida pelo sentimento,
 Entre um amor e o outro, ou a certeza de estar onde nunca esteve
Espera, espera, espera… na certeza divina que o sol nasça
 Que ilumine a terra inteira ou metade da mesma, a metade certa.
Sem que a alma saiba, que morre um pouco a cada nascimento,
 Nessa luta destravada entre um órgão e o outro…

Ainda que a razão tolhida esteja pela droga viciante de um copo vazio,
Nunca a emoção ganha, apenas se condena
Ao sofrimento ardente do inferno da luz…
 Ainda que a luz só ilumine a metade certa…
 Do lado errado da vida…

Alberto Cuddel
03/01/2019

Website Powered by WordPress.com.

EM CIMA ↑