Sob o peso do sol és-me

Sob o peso do sol és-me

… detestava o sol, estar sob o seu peso… hoje não, agradeço-lhe

sob o peso do sol emana a minha pele o sabor da tua
o teu perfume é-me memória, certeza de vida e prova da existência…

arde-me o peito na vontade de ser, e sou em ti cada passo que dou…
cada lembrança das tardes, das noites, das palavras e desejos
da fome de pele, da sede de beijos e movimentos amplos…
sob o peso do sol chuto as pedras, os problemas esses secam…

sob o peso do sol escores-me dos poros como pedaços de ti mesma
como aura flutuante que me cerca.
que me baste do sol a luz da lua, nessa memoria nua, que me lembra de nós…

sob o peso do sol és-me saudade enquanto ainda somos em nós verdade…

António Alberto Teixeira de Sousa
04/05/2023
In: Poemas de nada que se perdem na calçada

Sob o peso do sol és-me

… detestava o sol, estar sob o seu peso… hoje não, agradeço-lhe

sob o peso do sol emana a minha pele o sabor da tua
o teu perfume é-me memória, certeza de vida e prova da existência…

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Coleccionador de vazios

Coleccionador de vazios

colecciono o tempo que não tenho
esse que não uso na esperança do depois
lá fora existe o mundo e a esperança de chegar,
existes tu e os braços abertos,
existem as raízes pela verdade,
e uma imobilidade que prende…

deitou-se no horizonte o medo
asas da alma que te elevam
sem que partas a lugar algum,
bosques de silêncio onde te fitam os olhos
ribeiros mansos que correm
por ente avencas que se agitam, uma sombra
de um sol que não nasceu
não senti o seu calor na face
mesmo assim desejei-o
permanece vazio esse espaço…

permitir que os relevos tenham relevo,
que as cores tenham luz e as noites alvura
existindo, aparentemente, só para que essas possam existir
de resto, não somos nós feitos de pó como as estrelas
no leito despido das noites?
o vazio dos dias que nos adormece…
sem esse abraço cheio que nos ampara
coleccionamos esperanças
com medo de caminhar descalços
com medo das pedras e dos espinhos
ganhamos vazios, perdemos vidas cheias…

há em nós esse inercia do partir sem bagagem
esse medo de viver que nos prende a uma morte lenta…
eu, um medroso coleccionador de vazios, com medo de viver…

Alberto Sousa
28/05/2022
Poemas de nada que se perdem na calçada

Reflexão porque eles também pensam e sentem…

Reflexão porque eles também pensam e sentem…

Incomoda-me o silêncio dos Homens

Não o nego ou negarei, sou poeta ou escrevente de sonhos, de sentires, de paixões vontades e desejos, incomoda-me o silêncio dos homens, muitos(as) se levantarão agora, “mas os homens comentam poesia”, verdade, cobertos de razão os homens comentam poesia produzida ou ficcionada pelo feminino, quando a imagem da autora é atraente, principalmente se escreve sobre: amor, paixão, carência, sexo, sedução. Experimentem falar de: pobreza, assedio, violência domestica, guerra, descriminação, escrever no masculino… não é mais uma cronica avulsa, como sabem, tenho vários heterónimos, o que me permite ter e ver o mundo com um olhar mais vasto, Joana Vala é um desses heterónimos, deu para compreender esse mundo dos caçadores e predadores silenciosos que se movimentam no silêncio. A cada poema, choviam mensagens privadas dos vários tipos, raros eram os que se mostravam na página, a maioria caçadores incultos e mal-formados, poucos são os que teriam a mínima hipótese de uma relação mesmo que experimental. Mas não lancem já os foguetes, se existem homens, existe o reverso, mulheres que fazem de tudo para caçar um homem, para isso existiu o Tiago Paixão, e enquanto a página esteve aberta a mensagens existiu de tudo até nudez integrais, sem que nada tenha sido exigido ou solicitado.
Depois de tudo isto porque digo quê, me incomoda o silêncio dos homens?
Simples, quando falo em: Amor, fidelidade, certezas, assédio, violência, apenas as mulheres se manifestam, os homens esses, mesmo os poucos poetas “honestos” remetem-se ao silêncio conveniente de não serem catalogados como, tradicionalistas, retrógrados, mentirosos, convictos, extremistas… sempre muito politicamente correctos e de bem com todos, como se pudessem agradar a Deus e ao demónio… se repararem sejam Homens ou Mulheres, existem meia dúzia deles com o estado civil declarado, dirão, mas isso cabe a cada um, no seu direito constitucional da privacidade, e tem toda a razão, mas é revelador do que procuram… um reconhecimento ilusório e enganador… não me incomoda que partam, que vão, que falem na surdina…

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.”
Martin Luther King
Alberto Cuddel
11/05/2018
13:45

A nudez das paredes que me revestem a memória

A nudez das paredes que me revestem a memória

… enchem-me as narinas com esse odor do bagaço da azeitona queimada, uma viagem no tempo, para as azenhas da juventude, os cheiro e sabores das noites de Inverno. As memorias da virgindade nada inocente das conversas nocturnas, eu novo, ela nova, mas tão mulher…
Há nesse reviver da palavra essa afirmação de tesão, essa vontade máscula de posse, mas a verdade, nua e crua é que ela, na sua aparente inocência comanda, nesse corpo que queima.
Há palavas redondas que nos fazem eco na alma, o sabor do chouriço assado e a broa quente, e o mel dos lábios nos beijos roubados, num jogo encenado que por ti são oferecidos… e na nudez das paredes, há esse jogo de orgasmos desejados, apenas na simplicidade digital da ponta dos dedos.
A de Alberto Sousa
13/02/2021
23:47

Os anjos existem…

Os anjos existem…

Podemos não acreditar, podemos não os ver… mas os anjos existem, vivem entre nós no anonimato, e sempre que a identidade de um deles é revelada, ele deixa de o ser, abandona por completo a sua forma de agir na sombra, para ser apenas um entre os milhões de mortais…
Não, os anjos não tem asas, não fazem milagres, não nos livram do mal, apenas ajudam, não por pedido expresso, mas porque sentem a necessidade de ajudar sem receber nada em troca… os anjos alegram-se com o sucesso dos outros, mas não ficam para tirar fotos, os anjos são capazes dos gestos mais altruístas sem revelar a sua origem ou ajuda… os anjos existem… conheço alguns dos meus… sou-lhes eternamente grato… mas sei que pouco mais posso fazer… porque eles são… sem se mostrarem…

António Alberto T. Sousa

Hoje não me apetece falar

Hoje não me apetece falar

Hoje não me apetece falar, depois de mais uma mulher ter sido vítima da uma masculinidade que não aceito, de um sentimento doentio de posse que nem na escravidão admitia. Não consigo falar de amor, da vida, de beleza, quando mais alguém perde a vida, às mãos de uma sentimento e tipo de relação ignóbil.

Ainda há pouco escrevia que amar é fácil, difícil é foder, afinal, o difícil é aceitar a decisão do outro, aceitar que quando alguém está connosco esse alguém esta porque quer, e não porque nos pertence. E sobre isso recebi alguns comentários que infelizmente demosntam bem que existem homens com grandes dúvidas sobre a sua forma de agir. Que não sabem nem respeitam os desejos das mulheres, que não sabem nem aceitam o que a mulher quer na vida e ao seu lado.

Será assim tão difícil ao homem, ao ser humano aceitar que nem sempre as coisas resultam? Que ninguém é de ninguém? Para quê tanta violência?

Mas o meu pensamento hoje vai para as crianças que sem culpa de nada, por um sentimento inqualificável de homens que nem homens sabem ser deixam milhares de crianças órfãos de mãe e pai.

A. De Alberto Sousa

Amor ou a arte de foder

A maioria das mulheres dizem que os homens não sabem amar, mas eu digo o oposto, a maioria dos homens não sabe é foder…

Amar é simples, são pequenos gestos do dia a dia, ajuda, carinho, atenção, compreensão, diálogo, isso é simples… Agora foder? Isso sim é complicado… Planear os preliminares com horas ou dias de antecedência, uma mensagem, uma palavra, um gesto erótico, um elogio… O manter a libido no auge, o toque, o cheiro, a excitação… A emoção, o sentir, a entrega da alma, a fantasia, o induzir o desejo… Isso sim é complicado, isto para não falar no investimento colossal no orgasmo dela, quais as posições que o facilitam, que tipo de orgasmo devemos provocar, qual o investimento a ter em conta para a elevar ao Olimpo? Pois é, amar é fácil, agora foder? Só está ao alcance de muito poucos…

Vale a pena pensar nisto…

A. De Alberto Sousa

Para quê tanto pudor?

Para quê tanto pudor?

Existe um exacerbado pudor quando a temática é sexo, escrevo sexo e logo correm, “não é sexo poeta, é fazer amor”, desculpem? É que nem uma coisa nem outra é foder mesmo… É maravilhoso juntar o amor ao sexo, sem dúvida alguma, mas não confundamos as coisas, sexo é a forma mais intensa de dádiva e partilha, de entrega e de cumplicidade… Atenção que eu não falo do sexo egoísta em que um dos parceiros se “alivia em minutos ou segundos”. Mas de prazer físico intenso sem pudor, que dois parceiros partilham sejam qual for o sexo ou orientação de cada um. Se a essa intensidade física juntarmos a intensidade da alma, o amor, então sim tudo será pleno.

Mas para que tanto pudor? Será que alguém acha que os pais não foderam para eles nascer? Que a mãe não gemeu, que não chamou por Deus enquanto o pai lhe dava prazer? Amar e fazer sexo é algo natural, aliás sexo é mais natural que amar, ninguém entrega a vida por sexo, mas sim por amor, e isso é anti natural…

Escrevo poesia erótica, sim, não tenho pudor nisso, acho mais excitante a formação da imagem no cérebro e a capacidade de transmitir desejo e sensações, que qualquer “filme ou foto”, a poesia erótica é o preliminar da palavra, o anúncio do gesto e do prazer…

Deixem-se de pudores, e se não gostam, olha removam a amizade…

Partilho a foto sensual de um modelo masculino, como repúdio à exploração e degradação da exposição do corpo feminino como objeto sexual do machismo.

António Alberto Teixeira de Sousa

A culpa é sua…

Ameaçam fechar o comércio novamente.
E a culpa é de quem?
A culpa é SUA!!!

  • A culpa é SUA, que insiste em usar o nariz para fora da máscara.
  • A culpa é SUA, que diz: “Ih, desculpe, esqueci minha máscara…”.
  • A culpa é SUA, que deixa o seu filho/a ir pra festas nas esplanadas!
  • A culpa é SUA, que não entendeu que os shoppings reabriram como OPÇÃO, ou seja, não é um convite obrigatório para bater perna sem motivo.
  • A culpa é SUA, que encheu restaurantes e bares nas últimas duas semanas.

A culpa NÃO é do comércio, academias, serviços que seguem à risca as medidas de controle e contenção sanitária.
O fato de você “poder” frequentar lojas, não significa que você “precise” ir a estes locais de aglomeração de pessoas.

Agora, POR SUA culpa, tantos serviços serão novamente paralisados ou restringidos. Tantas pessoas serão prejudicadas simplesmente porque nossa população não consegue ter a responsabilidade e consciência de que todos precisam cuidar de todos para que todos possamos sair disto juntos!!!!!

Fica a dica….

Perdoem-me, mas dói-me mais o silêncio que a escrita

Perdoem-me, mas dói-me mais o silêncio que a escrita

Dói-me dar por mim a pensar se devo ou não comentar, há verdadeiros mestres na interpretação dos comentários, construindo novelas até à exaustão, ao ponto de ter escrito o seguinte comentário: “admiro-a como mulher, na sua beleza e na forma despudorada com que se apresenta nas publicações e textos que partilha”

Tal comentário foi interpretado como uma “cantada” e um interesse declarado por mim à pessoa que eu comentei, ao ponto de alguém que não havia lido o referido comentário me questionar sobre o mesmo em privado, depois de muito diz que disse inclusive num grupo de pessoas, sobre as motivações do meu comentário.

Em primeiro lugar: eu comento e admiro as pessoas que com elas me identifico, ninguém tem o direito de se referir ao que escrevo ou deixo de escrever nos comentários.

Segundo: o meu “interesse” ou não na pessoa comentada não é da vossa conta.

Terceiro: se para as vossas mentes tacanhas tudo roda em volta do sexo, por favor fodam mais, nem que seja com legumes, gozem e satisfaçam-se…

Quarto: ninguém, mas absolutamente ninguém tem o direito de andar a falar na vida dos outros, seja sob que pretexto for.

Acho que muita boa gente tem falta do que fazer, existem boas novelas de ficção nos nossos canais de sinal aberto, não andem a inventar na vida dos outros.

António Alberto Teixeira de Sousa

A possibilidade do ser…

A possibilidade do ser…

A sala ficou de novo vazia, apenas risos e lágrimas ressoavam nas paredes gastas, a luz da esperança de outrora já não produzia sombras, os moveis e os quadros tinham partido, os sonhos e promessas tinham morrido, tudo é agora uma memória decadente do que podia ter sido, porque eu não cheguei, eu? Que faço eu aqui enterrado na dor que é existir sem ti?
Já nada é real, nada é efectivamente colorido, os dias são como esta sala, vazios, decadentes, uma existência mundana…
E se eu? Se o tempo fosse apenas isso uma mera possibilidade? Se esta sala fosse apenas a projecção do pesadelo, criada pelo subconsciente do medo, como uma lucidez tosca da infelicidade que geramos pela possibilidade de fazermos o depois?
Acordo:
O Amor é a realidade que fazemos e não a memória do que podia ter sido, na sala tudo continua como no dia em que cheguei…

A de Alberto Sousa
Por detrás da Luz…

Foto captada num dos sítios abandonados de Portugal.

Fotografia de José Carlos Teixeira
Photography 2015 All Rights Reserved
https://www.facebook.com/josecarlosteixeira.photography/
http://www.josecarlosteixeiraphotography.portfoliobox.io/

Paternidade ou a falácia dos direitos iguais

Paternidade ou a falácia dos direitos iguais

Vivo num país onde ser pai só é valido a partir das 10 semanas de gestação, a partir desse marco histórico o Homem adquire todos os deveres, sim deveres porque direitos são apenas uma miragem. O “pai” ou direi macho doador de uma parte de ADN, tem o dever de contribuir financeiramente para a criação de um novo ser humano (só em 7% dos casos de divorcio a custódia dos filhos menores é atribuída ao progenitor e por norma por desmérito ou incapacidade da mãe). Existe o direito de amamentação que assiste à mãe, mas caso ela não tenha capacidade genética para o alimentar biologicamente esse direito não é passado ao progenitor para o alimentar a biberão e assim criar laços.
Ser Pai é muito mais do que doar material genético, é uma decisão tomada a dois num mundo onde ele não tem quaisquer direitos, ser pai é ter a obrigação criar e a moral de educar. Mas cada vez mais ser pai é uma luta inglória contra um sistema matriarca onde a mulher impera, já nem falo no processo educacional onde o “pai” é olhado de lado nas reuniões escolares, ou quando figura como encarregado de educação.
Ser Pai é lutar contra todo um sistema montado para a desresponsabilização do homem, para benefício da mulher.
Ser pai é ser descriminado no local de trabalho quando avisa que ira ficar em casa por o filho estar doente (mas o teu filho não tem mãe?). É ser olhado de lado pelos colegas quando tem que ir a uma reunião da escola, com o filho(a) ao medico etc… ser pai é estar preparado para ser discriminado… Se um pai refere em publico que deu banho a um filho ou filha com 2 anos, está com sorte se não for acusado de abuso sexual de menores.
Em suma ser Pai é um acto de enorme coragem…

A de Alberto Sousa

Bom dia amor

Bom dia amor

E se eu não te amasse, se tudo o que sinto não passasse de uma mera ilusão, de um engano? Se aquilo a que chamo amor fosse apenas uma dependência gerada por hormonas em sobressalto e por sinapses erróneas na ligação entre neurónios, se a saudade fosse apenas a ressaca da ausência do teu corpo, na mera dependência de um orgasmo obtido em ti? E se aquilo a que chamo amor, fosse a mera dependência de ti, como parte nascida de mim pela mão direita de Deus?
Talvez possa ser, talvez seja ou não amor, talvez seja uma mera dependência orgânica, mas continuo a quer escolher Amar-te todos os dias, ou meramente a ser dependente de mim em ti.
Mas sei e disso tenho a certeza plena, daqui a pouco amas-me, logo que o meu corpo se desloque na direcção da dependência do teu, logo que a minha alma, num esforço sobre-humano, eleve a carne na direcção da casa a que chamarei lar. Sim sei que me amas, da mesma forma que eu mesmo não sabendo amo-te!
Pode não ser hoje, mas encontrarei uma fórmula científica para medir a decisão do nosso amor, mesmo que para isso tenha novamente que convocar todos os homens como testemunhas do acto da nossa dependência.

Gostava de te contar um segredo, um daqueles segredos românticos, de que as flores do nosso jardim apenas continuam a florir pelo amor que sinto por ti, mas não era um segredo, seria apenas uma mentira romântica, as flores continuam a florir porque eu as rego, da mesma forma que me alimento, alimentando em mim a fome do amor e do desejo que sinto em ti, a cada dia de novo, e a cada manhã em que decido loucamente Amar-te!

A de Alberto Sousa

Nesses olhos inquisidores com que me fitas de baixo a cima…

Nesses olhos inquisidores com que me fitas de baixo a cima…

Li, sem entusiasmo e sem pasmo, esses olhares que me deitas na prosa, talvez até poemas, mesmo que me aprouvesse dizer umas quantas coisas estúpidas sobre o modo como me olhas as letras, apenas me despes, numa procura infrutífera por um Tiago, quem sabe até um Januário escondido por detrás da camisa, revoltado com as leis debitadas por uma assembleia da Ré-Pública. Talvez procures janelas castanhas, ou verdes de Sol, ou a mera coscuvilhice que te transtornou o cérebro a tal ponto de te parecer provável e plausível que as sombras de ideias que usualmente desenho nos versos e habitam as almas confusas, não sejam apenas isso, “ideias” de um sentir que apenas tu sentes, porque nenhum outro viveu a tua vida.

Talvez procures nas letras de uma Joana um sinal cabal de uma infidelidade do sentir, ou num Sírio que brilha nos confins do universo uma vontade férrea de sexo antes de morrer, talvez procures sinais de uma linguagem codificada que só tu entendes quando te digo que te amo, assim declaradamente ao mundo…

Às vezes em conversas distraídas que me ocorrem em pelo acto de pensar, vem-me à alma outras loucuras e amo de novo como pela primeira vez, não pessoa diferente, mas tu, apenas tu, ainda que procures nas letras outros corpos e outros orgasmos, apenas o poema existe como testemunha cabal de uma realidade sonhada de tão real…
Há na complexidade burocrática do meu acto de escrever uma loucura que me atrai, e nessa loucura desenhas teses mirabolantes de uma vida que nunca tive, a minha realidade mora ali, neste corpo terreno, bem dentro do peito, e tu? Tu sabes que existes, e eu também…

A de Alberto Sousa

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