Silenciosamente a dor

Silenciosamente a dor…

Todas as minhas horas são feitas
das horas do Sul, e dos sonhos
Onde todos os sonhos morrem
Aquela angústia de sonhar mais
Nos jardins onde impera o silêncio
Caído no chão em negro mármore
Esse silêncio que te queima o ser…

O teu corpo?
Recolhe-o e guarda-o
Encerra-o na dor que te acomoda
Cinzas que o vento norte espalha…

Continuará o mesmo mundo amanhã
O teu sorriso, teu tédio, apenas memória!

O que me tortura?
O silêncio das paredes, ao escutar o sonho
E um ódio que se estranha na alma
Por não estares aqui…
Mesmo ciente da tua terrena existência…

Alberto Cuddel
#DepressaoPoetica
31/01/2017

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