Rubro Perigo
ensaias em paisagem despida o sonho da Primavera
reveste de desejo a fome dos dias, rubras vestes
somas ao querer o rubro perigo de te degustar
mostra-te doce, quente, libidinosa
nessa vontade de existir pelo prazer de degustar
a alma anceia o que o olhar come
talvez o suave gosto da paixão escorra dos lábios
talvez seja amor, esse anseio venenoso de prazer…
naturalmente somos medo, na adrenalina do querer
mergulhamos de cabeça, esse toque dos lábios
a suavidade dos dedos, o despir arrepiado
a colheita, a prova gastronómica do orgasmo
tudo um rubro perigo
porque os olhos também comem…
e antes agora… que morrer de saudade
do que foi, sem nunca ter sido
pelo menos uma vez…
Tiago Paixão
13:40 22/01/2021
a fúria da saudade
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