Certezas
Profundidade da pedra
E pedra em mim urna certa
Convicta, a luz nasce do alto
Alto que se abstém, e se mantêm
Impávido, sereno, ausente
Nada depende de ti, som da lira!
A luz ladeia-te os flancos
Empolga um momento para além
Certa e concreta eternidade
No silêncio do depois, nada
As aves morrem a cada Inverno
Regressando na Primavera,
Guiadas pelo trenó do norte
Anúncio de bom tempo
E flores, e ribeiros que se enchem
E gelos que se derretem
E corpos que se mostram
E certezas, – paixões assoberbadas
Corpos quentes, chamamentos…
Se olhasses as minhas mãos guiadas pelo vento
Adormecerias na incerta consciência do meu regaço
Dormindo e acordando no fervilhante sangue
Entro o sonho e as certas certezas que professas…
Certo é, que tudo se repete…
E nunca teremos certezas de nada…
Mesmo que as noites morram todos os dias!
Alberto Cuddel
31/05/2017
17:20
Tão presente isso aqui “Certo é, que tudo se repete…
E nunca teremos certezas de nada…”
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