Caneta do poeta
há na ponta da caneta do poeta
uma espada que pende irreverente
uma esperança do ser diferente
a rectidão longínqua da seta.
um pedaço curto de meta…
uma perpetuar-se na história
um orgulho tosco de memória…
há na ponta da caneta do poeta…
palavras diferentes, palavras novas
pedaços de guerra, uma fome de paz…
há uma pequena curva depois da recta
caminho plano cheio de covas…
uma força de vida em ser capaz…
há na ponta da caneta do poeta,
um pedaço curvo de meta…
na distância entre o arco e a seta…
Alberto Sousa
11/07/2022
In: Poemas de nada que se perdem na calçada

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