Tributo a Alexandre O’Neill

Amigo

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!

«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O’Neill, in ‘No Reino da Dinamarca’

http://www.citador.pt/poemas/a/alexandre-oneill

Virtual amigo…
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um aceitar
Um “clik”, um teclar,
Um dar-se a conhecer
É abandonar, falsas amostragens,
É abrir um coração,
Oferecer uma palavra!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Os que não aceitam solicitações?)
«Amigo» é o contrário de conhecido!

«Amigo» é o erro visto,
E do nada, comunicado, corrigido,
É a virtualidade partilhada, praticada.

«Amigo» é acabar com uma solidão,
Mesmo que esteja sozinho em casa!

«Amigo» é uma grande tarefa,
É estar disponível on-line,
É ajudar sem estar lá,
É não perder tempo,
É tornar um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Alberto Cuddel
13/08/2015

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