“Ainda me ondula no pensamento o movimento das tuas ancas…”
há na fúria do tempo uma noção de sonho
essa vontade que ainda me crepita nos lábios
um odor perfumado entranhado na pele
esse espasmo que te percorreu o corpo
esse olhar que me devorou a alma
como se tivesse possuído ali, uma e outra vez…
ali mesmo, nos degraus que se fizeram leito…
e apenas subias, eu subia contigo…
ainda havemos de nos querer
como nos quisemos, porque o tempo
o tempo sempre nos será infinitamente escasso,
pelo sentir da alma, pelo tesão do corpo
pela vontade de estar, pelo ficar,
pelo ir e pelo vir…
pelo uníssono tantas vezes alcançado…
“ainda me ondula no pensamento
o movimento das tuas ancas…”
apenas pela saudade ausente
de quando não sobes à minha frente…
Tiago Paixão
Afúriadasaudade
31-01-2020
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