Embalsamento da oração…

Embalsamento da oração…

“…lavrei na tua derme, a cor da minha alma
reguei-a com o meu suor, e esperei nascer…”

sal marítimo no rosto
areia afagando os cabelos
fios de prata num luar outonal

abraço-te no sargaço que resta
seco do sol da tarde
altas são as horas de solidão
recolhido o desejo na mão…

onde nos moram as manhãs,
onde nos encontramos?
olhar absorto, e o silêncio da cadencia das águas
e somos, somos sempre, apenas nós, apenas dois…

no princípio eramos dois, e amanhã seremos apenas dois…
lavrando o ontem de mão dada edificando o hoje em cada beijo…

Alberto Cuddel
29/08/2021
09:00
Alma nova, poema esquecido – XXIX

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