De ontem
Lembra-me o cansaço de ontem,
Das rosas caídas no terno abraço,
Lagrimas que os outros olhos contém,
Sorte a quem possuis no teu regaço!
Lembra-me o cansaço de ontem,
Os passos dados, roubados á preguiça
As mãos caídas que te desmentem,
Sem igualdade, sem dor, sem justiça!
Lembra-me o cansaço de ontem,
Artes profanadas, vê esventradas,
Os beijos prometidos, nada sentem!
Lembra-me o cansaço de ontem,
Corro apresado pelas tuas estradas,
Sei que apenas o cansaço me mantém!
Alberto Cuddel®
22-05-2016
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