Da alma,

Da alma,


Siga o caminho. E eu sigo, a luz o ilumina, a alma o conhece. Dizem-me:

“é longo, sinuoso, apertado e pedregoso, corte à direita siga por este atalho, mais largo que estreito, onde das paredes brotam rios de mel.”

E nesta duvida apertam-me os pés, nas pedras que afasto de mim, pedras que construíram castelos, muralhas sem fim. Rumo traçado reconhecido, de premio certo… sigo o caminho, a candeia que me concedes e a mão com que me amparas, ainda ontem a beijei. Concede-me tempo, para que diante de ti o aplaine e remova toda a areia que te ferem os pés… concede-me a mim, Homem, apenas o direito acompanhar-te…

Alberto Cuddel

08/06/2016

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