A incapacidade do romantismo

Joana Vala

A incapacidade do romantismo

Ensaio-me, denuncio o desejo de ti
No toque dos dedos, nos lábios
Na forma como te olho, desejo
Morangos que docemente levo à boca…

E tu nessa tua insensibilidade de macho rude
Dizes: – “Não os comas todos eu também quero”
Mas sem essa coisa das natas…

Eu que me preparei até ao detalhe
Para uma noite perfeita e tu continuas tu
Básico rude e simplesmente cansado
Onde estás Mário? O homem com quem casei?

Morangos com chantilly e o desejo?
Fico-me assim por aqui…
E uma pilha de louça por lavar
E tu? – acho que vou descansar?

Vai-te, catar, cuidado com a porta
Um dia podes deixar de passar…
A vida vai torta…
Jamais se endireita…

28-02-2021 23:50

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