Era uma voz singela…
era uma voz singela, quente e luminosa
chamava-me de amor, e eu ia…
eram fartas as gotas da chuva que corriam no riacho
eram loucas as noites no leito do nosso querer
e nascia o sol, ali, na janela ao nosso lado…
a cidade dormia debaixo dos teus pés
eras, és, uma voz singela, quente e luminosa
incendeias-me a alma, e chamas-me de amor, e eu, eu vou…
no fim de tudo, nada começou,
e nós, somos o princípio, um gemido a uma só voz…
a vida essa é o assassinato do medo que ainda em mim me prende
porque sem medo, tudo sou…
és, uma voz singela, quente e luminosa
incendeias-me a alma, e chamas-me de amor, e eu, eu vou…
Alberto Cuddel
13/02/2021 03:10
In: Entre o escárnio e o bem dizer,
Venha deus e escolha XXX
Lindo poema!
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Muito obrigado!
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