Movimento perpétuo das areias, cansaço…
constitui-te uma alma imóvel,
na imortalidade da morte eterna
nesse esforço teu de querer sentir coisas
perdes a brisa no rosto e a água nos pés
como se o tempo se esgotasse
como areia por entre os dedos…
e depois? nessa escura e negra vivência
morrem os sonhos na abstinência
nesse sono cansado, na solidão do corpo
não há resposta nas palavras, nem desejo, nada…
apenas um cansaço nas pernas,
um corpo cansado pelo peso da alma…
falta-me o desejo no teu corpo de mulher
falta-me do desejo de te possuir a alma…
constitui-te alma imóvel…
sem vontade de existência
como se a vida em ti
já não morasse ali!…
Alberto Cuddel
24/09/2020
10:17
Poética da demência assíncrona…
Sensível …
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Muito obrigado amiga Marta, bjinhos
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