Eu…
sem voz e cheio de palavras
calo e grito filosofias
e grito e calo verdades
e esqueço os sonhos nunca sonhados
e os outros…
fui pai, plantei uma árvore, escrevi um livro, e outro, e outro…
e agora sonhar o que para amanhã…
se todos os sonhos do Homem morreram…
e atravessei a rua sem olhar…
com uma esperança vã
e comprei tabaco
e morro aos poucos
sem pressa…
porque há palavras a gastar
a ser escritas
a serem gemidas…
e vivo, sobrevivendo sem morrer
a uma dor que me consome…
há nessa floresta negra uma voz que me alegra
um bule que fala, uma rainha de copas
e tu… Alice…
nessa negritude iluminada, sem perspectiva do depois
e uma morte que não chega
um amor que não nasce,
alguém que se cala…
que não se mostra…
e tanto
tanto amor a dar…
soubessem eles o que é o amor
soubessem eles como receber o que há a entregar…
e veio o vento, e o transito em sentido contrário
e essa ideia de fim, sem vontade de acabar
apenas na esperança de um abraço, por quem o saiba dar…
Alberto Cuddel
03/08/2020
21:20
Poética da demência assíncrona…
Não sei bem o que é isto “Poética da demência assíncrona…” mas é muito bom!!
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Muito obrigado amiga, apenas o título da complicação, quem sabe o nome do livro… Muito obrigado amiga de coração…
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