Poema do dia 01/07/2018
… nada disse do tudo o que sabia. E Deus?
Neste silêncio quadrado que escrevo
Sem que os cantos se iluminem
De nada me rogam, ave-marias,
De nada me sobram velas frias…
Morrem em jarras altas, rosas brancas, gerberas, flores pomposas e elegantes, (o que Deus se entristeceu) tanta morte em seu nome, invocado em vão… e o pão?
Onde está o pão do povo, a este povo sem pão?
Sentai-vos, reparti entre vós a miséria, ela chega para todos, a fome, a sede
Tudo o que temos e que era…
Amarei, amarei?
Como amar alguém,
Se morre “ninguém”
Sem nome, sem rosto
Sem pátria ou chão…
Olhai, olhai e vedê
Arrependei-vos
Não por vós
Não por nós
Mas pelo
Futuro de uma
Solidária humanidade…
… nada disse do tudo o que sabia. E Deus?
Neste silêncio quadrado que escrevo
Sem que os cantos se iluminem
De nada me rogam, ave-marias,
De nada me sobram velas frias…
Erguei as mãos, arregaçai as mangas
Fazei o que por bondade não é feito
Por este caminho tão estreito…
Alberto Cuddel
01/07/2018
06:32
Boa noite, poeta, novos tempos, novos valores… ” FAZEI O QUE POR BONDADE NÃO É FEITO”… Mui sábio. Abraço.
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Uau. Forte. Belo
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Muito obrigado amiga Alda, bjinhos
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