Mágoa

Mágoa

há uma mágoa no teu peito
que nos adormece a paisagem
uma arma que trespassa a fome
uma vida embriagada de beijos

no perscrutar do amanhã
a vingança do beijo sangue
pássaros em ninho verde
braços abertos às águas de Julho

onde nos morrem os abraços
essa distância dos vales
onde a morte espreita
aconchego dos casebres
onde nos esperam as rugas
cartas e domino, quem sabe, remendam peúgas…

há uma mágoa que me rebenta no peito
como fonte que brota em plena Primavera
onde te mora a saudade?
Amar-te-ás depois?

Alberto Cuddel
01/06/2020
06:04
In: Nova poesia de um poeta velho

2 thoughts on “Mágoa

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