Céu disforme…
há um céu cinzento
sob uma clareira azul e seca
um sussurrar que se esquece
um silêncio rasgado de água
como uma coisa certa que nos minta,
como um grande desejo que nos mente.
chove. nada em mim sente…
nada do mundo que em mim já sinta
se chovesse ao menos, sob o sol do mundo,
qualquer seca e árida realidade não
esse eterno abismo sem fundo,
seria vida singela no fraco coração
ah, se chovesse ao menos em minh’alma
nessa hora final em que estorvasse
num voo suave me esvaísse
na liberdade certa de um céu disforme
seria vento seria lágrima, seria alento…
Alberto Cuddel
25/05/2020
18:07
In: Nova poesia de um poeta velho
Mais uma vez lhe digo, ou melhor, escrevo: a poesia rejuvenesce este poeta velho…
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Muito obrigado meu nobre amigo e poeta de Além Mar! enorme abraço!
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🍷🍷🍷🍷
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