– humedeceste os lábios finos pedras soltas atiradas pelo vento e o destino quem o soubesse?
no espaço sepultado da fome rasga-se o desejo da sede procura mundos e fundos mares e marés nesse querer fecundo maternidade que te abandona o corpo
cânticos de Salomão – ilusão dos seres mitológicos sereias que me embalam que me venham as virgens de candeia a força de Sansão, o uivo materno esse alimento de gémeos… multipliquem-se os peixes e a fome voz que sacia os espíritos, acalmem-se as águas… que seja pedra a força e a voz edifique-se sobre ela a poética neste sonho seco de uma chuva mórbida de silêncios lidos em lábios gretados clama o deserto por lucidez e pendem-me espadas de calcário no olhar pela inveja mesquinha do homem novo…
Alberto Cuddel 23/05/2020 19:15 In: Nova poesia de um poeta velho
Sempre que leio seus poemas “in: nova poesia de um poeta velho” tenho a impressão que a poesia está a rejuvenescê-lo….
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Muito obrigado meu companheiro de letras Estevam… A cada poema esvazio-me, dispo-me das palavras, para que me possa vestir de vida!
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Continue assim… Verdadeira catarse…
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Grato poeta pelo seu incentivo! Abraço
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