O bate que bate…
silêncio
o bate que bate na porta aberta
– ninguém entra ou sai por ela
sentado, nesse incomodo de estar
os ramos que batem nos vidros
os vidros polidos, baços, vazios…
depois que todos foram
e foi também a noite,
ficaram entre as sombras as vidas
esse fingimento da existência humana…
esse bate que bate e não abre
esse bate que bate e nada diz…
e foi, sem ter chegado, foi…
Alberto Cuddel
14/05/2020
12:50
In: Nova poesia de um poeta velho
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