A branda incerteza do vento
a brisa incerta da tarde que me leva
por entre concretos pensamentos
envoltos em silêncio
roça levemente a incompreensão.
sei só que o tédio que sofro
essa imobilidade trazida pela inveja
como uma veste que roça numa chaga
que nos mói o por do sol,
na eternização do momento em que a luz se esvai…
dessa escuridão nasce a fé
que o vento é
matéria que nos coze os sonhos…
Alberto Cuddel
31/03/2020
17:58
In: Nova poesia de um poeta velho
matéria de sonho, o vento
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