Poesia
Palavras soltas onde me deito e me levanto
Onde chora minh’alma elevado pranto
No tudo que no meio seio ainda retenho
Palavras soltas que do poeta hoje leio!
O triste fado sentido
Verso da alma parido
Grito de saudade, clamor
Dor da ausência e amor!
Canto da fome caída na rua
Homens sofridos e tristes
Alma despida assim nua
Punhos erguidos em riste!
Ó poesia calada e desenhada na noite
Versos e estrofes onde me escravizei
Que me atinge o peito forte acoite
Palavras que nascem, dom que aceitei!
Os campos e jardins nos teus olhos,
Floridas névoas caídas nas montanhas,
O mar que engole nem sei o quê;
Amanhecer no abraço das tuas manhas,
Sonho perdido que ontem não se vê!
Ó Deuses, instigadores das guerras
Cantam nobres feitos das tuas serras
Os arautos que se alevantam das terras
E os que se libertam das tuas garras!
Alma minha gentil, em ti me encontro
Em ti poesia, ainda hoje me perco…
Alberto Cuddel
01-06-2017
Leio Camões, Pessoa e Cuddel nesse poema lusitano.
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Muito obrigado pela leitura assim é a herança la língua de Camões, de Pessoa…
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Publiquei em meu blog e no Facebook, Alberto. https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2020/02/25/poesia-alberto-cuddel/
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Se perder na poesia para a maioria, parece ser pura loucura… seria?
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Quantas vezes na poesia não nos perdemos apenas nos encontramos, e nessa loucura encontramos a nossa realidade…
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Exato… Eu me encontro constantemente na poesia… Bem como me desintegro quando não consigo escrever…
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Que maravilha! Obrigado por essa obra tão sensível.
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Muito obrigado pela presença e comentário deixado.
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Muito bom!
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Muito obrigado pela leitura e comentário!
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