Esquizofrenia perseguida
Desisti de saber qual é o teu nome
Se por um acaso ainda o mantens
Na desventura da vida, da tua fome
Sopro da fama, incúria mantens reféns
Perseguição alucinada, dom que não tens
Mas na tua loucura todos de ti o desdenham
Vês sombras na noite, fantasmas sustens
Pobre poeta circunscrito, rimas aponham
Chamar-te a ti poeta -autor, talvez engano
Ainda que do grotesco seja gosto humano
Sejam as palavras que te envaidecem, enfim!
Desisto de opinar o que quer que seja
Da tua crença e louca pertença igreja
Tua loucura nunca me mudará a mim!
Alberto Cuddel
15/06/2017
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