Olhar que se despe de mim…
Nesse olhar que te deposito no busto
Mãos que te tocam a alma
Que te despem de preconceitos
Que te procuram incessantemente para mim
Que me enlouquecem na partilha
Que se fazem sentir e desejo
Lábios que te provam,
Que te provocam e bebem
Mescla sagaz das palavras gemidas
Nudez absoluta dos medos retidos
Existimos… somos, fazemo-nos
Nesse olhar que se fecha
Despindo-se de mim
Adormecendo num abraço…
Antes que a noite finde
Num louco homicídio solar…
Depois, depois amamo-nos
Uma e outra vez…
Antes que os corpos se cubram
Diante da vergonha dos homens…
Tiago Paixão
#Afúriadasaudade
01-02-2020
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