Ao teu serviço
Prostro-me por terra, não como escravo
Mas como disponibilidade, ao teu serviço
O maior entre nós, não é o que é servido
Mas o que se dá pelos outros, chamam-lhe amor…
Neste quarenta dias caminhamos contigo,
Hoje caio por terra quando te ajoelhas sozinho,
Bem antes da instituição da refeição sagrada,
Deste-nos uma grande lição,
Não devemos contigo comungar,
Com a alma vazia de nada…
O pó que de meus pés retiras,
É o pó da longa e dura estrada,
Lavando o pecado que conhecias,
Com essa água abençoada!
Ao inverter os papeis Cristo
Coloca-se ao serviço dos homens
E nós? Nossas mãos? Que doação?
Sofre na carne a dolorosa paixão,
Para nos dar um exemplo…
“Eu vos dei o exemplo,
para que façais o que eu fiz’”
“Se não te lavar,
não terás parte comigo”.
Não poderás comungar,
Nem ascenderás ao paraíso!
Prostro-me diante de vós
Com pequeno que sou
Também eu sou servo
Também eu sou mãos
Também eu sou instrumento
Também eu sou pecador!
Alberto Cuddel
16-06/2017
Um poema profundo para um gesto tão profundo de entrega…
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