Na gaveta
Em vagas horas
Em que o silêncio se estende
Vagueia redondo o pensamento
Perdido por entre os espaços da mente.
Nuamente na orfandade latente
Perdem-se ideias, sentir que mente,
Seguem correntes e brisas modistas
Sem conteúdo, apenas comodistas
Cópias, ideias curtamente repetidas
Ideias sombrias e sujas, escorregadias
Politicamente e socialmente aceitáveis
Mornas, travestidas de conceitos morais
Ideias em versos tristes, sem apoios sociais!
Em vagas horas
Em que silêncio se estende
Escrevo e escondo
Pensamento redondo
Que me liberta a alma,
Ao pó, na escuridão da gaveta,
Poesia escrita a tinta preta,
Tantas vezes tingida de sangue!
Alberto Cuddel®
18/08/2016
Delicioso poema, tão íntimo quanto compartilhado com o resto da humanidade. Embora a coragem para admitir tenha sido unicamente tua.
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Muito obrigado meu amigo.
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Pelas “gavetas” da alma!
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Muito obrigado amiga Dulce, uma excelente 4a feira.
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Sensacional, amei!
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Muito obrigado amigo, muitos guardam os seus escritos por medo de reações de represálias, nunca se deve ter medo… Uma excelente 4a feira
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