Há uma base na aragem que passa
corre o céu cinzento
por entre a derrota do querer
fogo de mar no luar de Agosto
nesse arte de se dar vendida
por onde passa o desejo animal
homem negro de negro ser
rasgo de falsidade na carteira rota
uma entrada de sol, em lua que bate na janela
um carro fugido, uma estrada comprida
um Tejo que corre, um relógio que não pára
uma avenida cheia, com destino a lado nenhum…
há uma base na aragem que passa
uma verdade seca,
uma mentira chorada,
e um tempo de vozes
uma sala cheia de silêncio
uma mulher que vende,
um pouco da felicidade que nunca teve…
há neste abraço, um pouco de futuro
e um insónia na solidão…
Alberto Cuddel
Belo poema parabéns, quando fala no Tejo me faz lembrar que foi através deste riacho que partiu à esquadra de Pedro Álvares Cabral rumo a terra de Santa Cruz, hoje Brasil.
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Isso mesmo, esse mesmo Rio.
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Rio Tejo pra mim é como um sonho gostaria muito de conhecer Portugal mas não tenho condições financeiras infelizmente. Mas à tenho no coração como um diamante eterno…
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Infelizmente assim acontece a tantos de nós, a alma sonha, mas a realidade mata todos os sonhos.
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Tão perfeito tão, tão! este poema, gostei. Gostei gostei. Qdo gosto tanto acho que todas as palavras são excessos deslocas. Basta o gostei muito.
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Eu compartilhei no meu facebook! Gostei demais!
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Muito obrigado amiga, bem-haja
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