Há uma base na aragem que passa

Há uma base na aragem que passa

corre o céu cinzento
por entre a derrota do querer
fogo de mar no luar de Agosto 
nesse arte de se dar vendida
por onde passa o desejo animal
homem negro de negro ser
rasgo de falsidade na carteira rota
uma entrada de sol, em lua que bate na janela
um carro fugido, uma estrada comprida
um Tejo que corre, um relógio que não pára
uma avenida cheia, com destino a lado nenhum…

há uma base na aragem que passa
uma verdade seca,
uma mentira chorada,
e um tempo de vozes
uma sala cheia de silêncio
uma mulher que vende,
um pouco da felicidade que nunca teve…

há neste abraço, um pouco de futuro
e um insónia na solidão…

Alberto Cuddel

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