Deixemos de ceifar searas de vento

Deixemos de ceifar searas de vento

é tão suave a brisa que me corre na alma
terrenas angustias que adulteramos
tenhamos pena de nós,
próprio seja o amor que professamos

insinua-se o medo no oiro maduro
há joio por trigo e sementes no caminho
há pródigos que não partem
pães que nunca se multiplicaram
há fomes de saber por saciar…

há searas de vento que se agitam
canas que se vergam de maduras
amedronta-me o teu seio cansado
enquanto a flauta sorrindo chora
palidamente, o atalhado movimento
da foice…

Alberto Cuddel

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