Tédio

Tédio

Há um tédio repentino que vibra nas cordas tensas do violino
passos gastos que empurram um corpo rua acima
árvores curvas erguendo as folhas aos céus
uma lamuria silenciosa de me perder do mundo

um arco descrito em parede granítica
uma porta fechada para lado nenhum
voam as andorinhas soltas pelas ruas
fogo que arde sem preceito
alimentado por bolsos…
um tédio por atender o mundo
nas conversas soltas da barbearia…

as mulheres vagueiam… e os homens? Esses perderam-se….

Alberto Cuddel

9 thoughts on “Tédio

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