Poema XLV
A razão também olha a aurora
neste coração que chora
na esperança que o destino se cumpra!…
que tenho eu a oferecer
nessa esperança de fé
que tenho eu que espere
neste dia que não promete
na dor que não lhe vejo o fim
que venha o ser depois
promessa cumprida
no querer consumado
a cada raio de sol
adormeçam lado a lado
a cada outro luar…
vejo como não via o lugar a que pertenço
lembro-me de ser pequeno, sabendo que havia de ir
e vou, não hoje, mas vou, sei que vou,
porque aqui, aqui já não sou, aqui já não existo
aqui já não vivo, por pertencer a um outro lugar…
na fé que ainda nos resta, espera…
para que ainda exista um lugar onde chegar…
Alberto Cuddel
24/04/2019
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