Poema XLI
uma noite, diante do conhecimento das coisas
depois de uma maré, antes que venham as águas
ainda que se misturem os troncos nas algas secas sob do luar
uma noite, havemos de olhar as estrelas, como se elas fossem gente…
há na mudança uma revolução, entre o que sentes e o que és
e és tanto em relação o que fostes…
espera-me, não por muito tempo, mas espera-me
como uma estrela cadente que chega sem avisar,
nesse sorriso que te arranco mesmo cansada
assim do nada, por ser concreta a realidade do estar.
não um sonho do acaso, mas porque o acaso nos juntou…
de todas as paisagens irreais que formei na imaginação,
é a penas a consciência de te saber real que me move os pés
nessa direcção onde sei ser concreto o sentir,
onde sei palpável o amor que me arde no peito…
dizem-me de garganta gritante o amor não é,
eu de peito aberto afirmo:
o amor é um acto de fé
se nele creio por mim existe
Alberto Cuddel
14/04/2019
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