Poema XXXI

Poema XXXI

entre a normalidade da diferença
há indiferenças que matam

nessa tua normalidade tão igual
impões muros e barreiras
saberás tu ler os gestos
escrever por pontos, ler os passeios
reconhecer o restaurante na esquina
do outro lado da rua pelo cheiro?

não é o meu aspeto diferente que te incomoda
mas a capacidade de me amar no mundo
sou diferente, na minha diferença, único
ser humano porque penso e sinto igual
Amo-me…

as barreiras do mundo normal
fazem de humanos normais
diferentes…
uma mão, um gesto, um atravessar de rua
uma palavra, fazem de gente normal
diferente
isso assusta-te porque a ti normal
ninguém te vê

Alberto Cuddel
26/03/2019

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Website Powered by WordPress.com.

EM CIMA ↑

%d bloggers gostam disto: