Arroto a que chamas poesia…

Arroto a que chamas poesia…

Quantas vezes te revestes de mentira e palavras compridas?

Tu que te intitulas poeta, mentes com todos os dentes
Poeta triste de sorriso nos lábios, suicida apaixonado
É irascível a dor que tentas camuflar, e nunca a sentes…

É intragável a escrita solta sem rima, chamas-lhe branca
Branca é o que injectas nas palavras que rasgas e poluis
Cantas amores, sentires e desejos, quem te dá confiança?

Ó poeta de horrores, assassino da língua, maltrapilho do ser
Quem te alimenta o ego? Quem de sã mente te dá de beber?
Iludi-vos pois com a farsa deste farsante, que não sabe escrever…

Ó triste ilusão a tua que vives, não escreves o que dizes
Não vives o quê escreves, iludes, mentes, sem juízes…
Renega-te, confessa-te, transforma-te, escreve-te
Não confundas quem te lê, sentindo o que nunca vê…

Quantas vezes te revestes de mentira e palavras compridas?
Vocábulos copiados, rebuscados enjeitados, plagiados…
Poeta abstém-te se ser o que nunca foste…

Januário Maria
05/05/2018
21:20

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