Começou a haver silêncio…

Começou a haver silêncio…

Começou por um cair leve
Quase nada, lento, vagaroso
O barulho da presa, apressou-se
Agigantou-se…
Depois? Depois diminui, lentamente…
Como quem cai a noite…
Tudo se recolhe, o nundo adormece
E sob ele mesmo confirma-se…

Fico apenas eu e o meu silêncio
Sob os gritos absurdos das ideias
Poemas que se gladiam nos neurónios
No espaço de nada silencio…

Apenas os meus passos pesados
em direcção a uma porta fechada
lá fora to do universo e eu
e um vicio e um fumo e mais poemas que gritam…

depois, depois de tudo
começou a haver silêncio
onde antes não existia nada…
e de tudo, sobraram as letras que não gastei
e muitos pontos de interrogação…
sobrou silencio e o ruido que não ouvi…

Alberto Cuddel
04/11/2017
22:26
#Solutampoetica

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Website Powered by WordPress.com.

EM CIMA ↑