Inclusão da Incerteza do eu
A vida passa-me diante dos olhos
Como postes hirtos em sentido oposto
Entre a oclusão do sol, desvirginando a lua
Escondo-me de mim mesmo revelando-me ao mundo
Nas metáforas ocultas por entre antíteses dos dias
Certo é que seja, uma virtude sempre desvirtuada
Pelas luzes apagadas que me pendem do tecto
Mesmo acesas jamais iluminam estrelas
Tao pouco um ardor que me queima
Consumindo-me como chama
De uma triste vela
Apagada!
Há um deus que me julga,
Mediante a bitola de Deus,
Há homens que me condenam
Às mãos e leis dos homens,
Há mulheres que me seguem,
Por já não haver homens,
E homens que me perseguem
Por me seguirem a s mulheres…
As regras? As leis? O bom senso?
Esses dormem, à margem
Da vontade dos que nada fazem
Que tudo calam
Tudo consentem
Nada reclamam
E eu? Não vi,
Não soube,
Incluindo eu mesmo
Na minha incerteza
De saber quem era!
Alberto Cuddel
02/11/2017
04:30
#Solutampoetica
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